Empresa investe em novo centro de pesquisa em Sorriso (MT), que já conta com área experimental para plantio de ensaios de milho segunda safra
A Santa Helena Sementes, empresa do Grupo Agroceres, investe no programa de novos híbridos de milho e sorgo e em novo centro de pesquisas em Sorriso/MT. A empresa possui um portfólio com genética própria de híbridos, garantindo independência tecnológica de empresas multinacionais. Essa estratégia permitiu seu crescimento no mercado de sementes de maneira sólida e sustentável nos últimos anos.
Segundo Jânio Delboni, gerente de Pesquisa & Desenvolvimento da Santa Helena Sementes, em um programa de criação de híbridos, o primeiro passo é gerar novas populações com diversidade genética que possibilite à empresa obter linhagens superiores, parte integrante dos novos híbridos. “No processo de obtenção de linhagens, podemos lançar mãos de várias ferramentas como autofecundação, retrocruzamento, haploidia, marcadores moleculares, entre outros”, explica. Uma estratégia para aumentar a diversidade genética é a internalização de germoplasma exótico, originário de vários países que permite a introdução de novas características e aumento de produtividade.
Aliado a isso, outro importante passo no programa de melhoramento foi a internalização da ferramenta de seleção genômica, incorporada com modelos de dominância em parceria com pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, que permitiu também aumentar a eficiência dos ganhos genéticos.
No caso específico de híbridos para silagem, algumas características são importantes como tolerância à requeima de folhas, tipo de grãos e digestibilidade da fibra. “Nesse ponto a Santa Helena Sementes sempre foi uma empresa muito focada, pois, no início de suas atividades, optou por ter um programa de melhoramento para o mercado de silagem de planta inteira e de grãos úmidos, Após 35 anos de mercado, a empresa permanece firme nesse segmento, o que nos permitiu selecionar e ofertar híbridos exclusivos nesse segmento de nutrição animal”, afirma.
Delboni explica ainda que a porção fibrosa da planta de milho ou sorgo representa mais de 50% do total da matéria seca produzida e há uma variação muito grande na digestibilidade desta fração. “A melhor metodologia para avaliar esta característica é a avaliação diretamente no rumem do animal. Para isso contamos com animais especialmente preparados para este fim – os animais fistulados”, diz. Segundo o gerente de P&D, com essa ferramenta é possível avaliar a qualidade da FDN (Fibra em Detergente Neutro) em todo o programa de melhoramento genético para silagem – desde a formação das novas populações, que serão autofecundadas para obtenção de linhagens com características superiores para silagem, até o produto final, que são os híbridos silageiros.
Atualmente a estrutura de pesquisa inclui estações de desenvolvimento de híbridos em Minas Gerais (Patos de Minas e Ipiaçu) que também realizam ensaios que avaliam híbridos em todo País. Este ano, ainda em fase de construção, o centro de pesquisa em Sorriso/MT iniciou as atividades testando novos híbridos para o milho segunda safra.
Sobre Santa Helena Sementes
Com 35 anos de atividades, Santa Helena Sementes investe em tecnologia e inovação em sementes de milho e sorgo, trazendo os melhores resultados ao produtor, com maior produtividade por hectare. Uma das mais tradicionais no mercado de sementes de milho e sorgo em operação no Brasil, a empresa oferece uma linha completa de sementes provenientes de um rigoroso processo de pesquisa para pequenos, médios e grandes produtores, com os melhores híbridos em genética e adaptação por ambiente para produção de grãos (safra e safrinha) e silagem.